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Agosto Lilás: JFPE recebe instituições para falar sobre violência contra a mulher
Últimas atualizações: 13/08/2024 às 11:55
pessoas em pé em uma sala

Em mais uma ação sobre o Agosto Lilás, a Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) recebeu a juíza da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Recife, Ana Mota, a delegada da Polícia Civil de Pernambuco e assessora do Departamento de Polícia da Mulher, Bruna Falcão e a defensora pública estadual coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher (NUDEM), Débora Andrade para palestrar sobre "Violência doméstica contra magistradas e servidoras". O evento, realizado na última segunda-feira (12), no edifício-sede da JFPE, também foi transmitido ao vivo pelo aplicativo Microsoft Teams.

O diretor do Foro da JFPE, juiz federal Claudio Kitner, abriu o evento. “Apenas nos últimos 70 anos é que a mulher começou a ter reconhecido seu direito de voto, de participação social, e, nos últimos anos, é que tem encontrado espaço nos poderes, tem ocupado a voz decisória. Mas, de certa forma, ela ainda não tem condições de se defender de forma efetiva na sociedade sem a participação das instituições e para isso estamos aqui, para abrir caminhos, para que as juízas, servidoras, colaboradoras e estagiárias possam aqui encontrar um espaço para se defender institucionalmente, com o apoio da JFPE e de outras instituições”, falou.

“No site da JFPE, há um local específico para o Grupo de Apoio e Assistência às Magistradas e Servidoras (GAMS) da JFPE. Criamos uma cartilha sobre o tema que está nesse espaço, divulguem, compartilhem. São informações relevantes que podemos usar não só para a gente mesmo, mas também para disseminar informações, descobrir pequenas dicas de como identificar uma amiga, ou alguém vítima de violência doméstica, de como oferecer ajuda e suporte, quem procurar e onde procurar essa ajuda", falou a juíza Ivana Mafra, coordenadora do GAMS.

Em seguida, a supervisora da Seção de Saúde, Luciana Dias, leu uma poesia de sua autoria sobre o tema. Após a apresentação, as mulheres presentes falaram em nome das instituições que representam.

“O lugar de subordinação e de exploração da mulher é uma construção cultural e histórica e que é normalizada na nossa sociedade, e, justamente por causa dessa normalização, muitas vezes, a gente não se percebe sofrendo violência”, explicou a magistrada Ana Mota.

“Todas nós mulheres podemos sofrer violência pelo simples fato de sermos mulheres, independe de raça ou classe social. Maria da Penha (mulher que deu nome à Lei n°11.340/2006, norma que definiu a violência contra a mulher como crime) era uma mulher branca, escolarizada, biofarmacêutica e conheceu o agressor no mestrado da USP. É importante conhecer essa lei pois muitas mulheres não sabem que tem direito à proteção prevista nessa norma”, falou a delegada Bruna Falcão.

Finalizando, a defensora pública Débora Andrade fechou o evento. “O início do problema não começa com agressão física, com feminicídio. Maria da Penha explica no site do seu instituto que o agressor começou a ter comportamentos controladores e explosivos e exaltava-se com facilidade, por isso a importância de se atentar aos primeiros sinais de violência”.



Por: Assessoria de Comunicação - JFPE

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